quarta-feira, 19 de março de 2008

Destino?

Quando ela achou que estava livre, ele voltou!
Quando ela conseguiu se agarrar em outros braços, provar outros beijos, testar novas relações, ele disse ter saudade.
O momento de escolher chegou. E ela lembrou que é impossível pesar pessoas, descobrir quem é mais merecedor de carinho, ou quem está mais apto a fazer feliz.
Mas é possível medir sentimentos.
E sabia que nunca sentiria por alguém algo tão forte quanto sentia a cada vez que ele a olhava.
Mais uma vez, ela desistiu de tudo, reinventou seu mundo, refez a vida, planejou com calma cada um de seus passos e se entregou!
Foram anos de distância, não eram mais tão parecidos, ele não era mais tão encantador, mas era a coisa certa a fazer!
Ora, mas é claro que dessa vez seria diferente.
Eles juraram companheirismo eterno. Tinham deixado de acreditar no amor muito antes de se separarem pela primeira vez.
Os dias se passaram, as vidas seguiram.
Hoje moram juntos no mesmo bairro em que se conheceram.
Ela é vista caminhando sozinha nas tardes de sol, cabisbaixa e silenciosa, distante.
Ele pode ser encontrado nas noites de frio, bem vestido, falante e receptivo, apesar de seu olhar sempre triste.
E é essa imagem que terão pra toda vida. Ou até que eles percebam que juras de companheirismo, fidelidade e cumplicidade não precisam ser cumpridas quando não é isso que se quer.

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